quinta-feira, 28 de maio de 2009

Adriano fazendo escola?


Vagner Mancini tinha deixado bem claro ao presidente Marcelo Teixeira.

Lúcio Flávio não servia ao Santos que está montando.

Mas, sabendo do seu valor no mercado brasileiro, o treinador o queria como mercadoria de troca.

Ou seja: para liberá-lo só com a vinda de outro atleta.

O jogador tinha um salário alto demais para a sua péssima fase técnica: R$ 120 mil.

O Botafogo sempre o quis de volta, mas a diretoria garantiu que não poderia pagar tanto.

De repente, o jogador voltou para o Engenhão.

E não chegou nenhum outro atleta para o Santos de Mancini.

O que aconteceu?

Qual o mistério?

Depressão.

E a ameaça de largar o futebol.

Lúcio Flávio procurou a diretoria santista alegando estar profundamente deprimido em Santos.

Não se adaptou à cidade, ao time, aos companheiros.

Queria voltar de qualquer maneira ao Rio de Janeiro.

E colocou a situação de maneira assustadoramente clara.

Ou o Santos o liberava para o Botafogo ou ele iria seguir o mesmo caminho de Adriano.

Ameaçava abandonar o clube e ficar em casa.

A tristeza de Lúcio Flávio foi tamanha que os dirigentes perceberam que não estava blefando.

Em relação ao dinheiro.

A direção do Botafogo ofereceu a metade do que recebia: R$ 60 mil.

Só que até o final de 2010.

Com isso, ele se sentiu mais seguro.

Final razoavelmente feliz.

O Santos se livrou de um salário alto.

O Botafogo teve o seu meia de volta.

E a depressão de Lúcio Flávio foi embora.

Só Mancini não teve a sua peça de reposição.



Parece que o Imperador inaugurou uma nova era do futebol mundial...basta chorar e dizer que tem problemas profissionais para qualquer contrato ser anulado.

Um comentário:

  1. Infelizmente, como historiador devo me ater a verdade! E nego aqui o pioneirismo do Imperador, o Edmundo já havia feito isso antes. Claro, não com a publicidade e todo alvoroço que o Senhor de Milão causou na imprensa internacional.

    A situação do Adriano era de pânico, um verdadeiro surto. Edmundo e Lucio Flávio se disseram tristinhos, mas sem nenhuma reação. Edmundo estava nos cafundós do Velho Continente, já maestro alvi-negro, havia se desligado do clube a menos de 1 (um) ano, e se transferido para uma cidade a poucas horas de viagem.

    Mas o ponto que quero levantar ao meu caro colega alvi-negro é a questão humana. Não falo em caridade, jogador ganhabem demais pra alguém ter pena dele. A questão é que os jogadores defutebol são humanos, sujeitos as falhas e erros dessas criaturas; e, necessariamente, técnico e dirigentes devem compreender a questão humana para tirar o melhor proveito de seus jogadores. Se um atleta não está satisfeito não vai dar tudo de si, e mesmo que seja bom tecnicamente e honesto para não querer prejudicar o clube no qual se encontra, ele não vai render bem e pode compreender o desempenho do time em campo mesmo que fique na reserva.

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